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domingo, 17 de agosto de 2008

Qiao Guanjun me convidou para conhecer a cidade, coisa que não precisava pois a conheço TODA a China tim por tim, mas para não ser deselegante com o rapaz, aceitei.

Rodamos, rodamos, rodamos e de repente pintou um clima. Sem perceber eu já estava apaixonada por aquele belo chinês.

- Garota, acho que estou me apaixonando por você.
- Eu também Qiao, eu também.
- Queria lhe dar uma prova do meu amor por você, espero que aceite...
- Fale meu lindo.
- Bem, amanhã começa as olimpíadas, eu faço parte da organização, gostaria de levá-la para conhecer o ninho de pássaros.
- Ó Qiao, isso era tudo que eu mais queria.

Fomos para o ninho. Incrível como um nome pode mudar tudo. Eu estava me sentindo uma serelepe galinha seguindo meu galo.

Entramos naquele estádio imenso e lindo, fiquei maravilhada! Era a coisa mais bonita que já vira em minha vida.

Fomos para o centro do estádio, sentamos e ficamos a observar aquela imensidão.

De repente nossos lábios se tocaram, nossas mãos se entrelaçaram, nossos corações dispararam e fizemos amor ali mesmo.

Qiao era um amante extraordinário.

- Garota, você foi a melhor coisa que me aconteceu. Gostaria de lhe fazer um outro convite.
- Fale meu lindo. Faço tudo por você.
- Bem, amanhã queremos colocar uma garota cantando o hino nacional da China, o Ode à Pátria. Só que não temos a cantora ainda. Você gostaria de cantar na cerimônia de abertura das olimpíadas de Beijing 2008?
- Ó Qiao, quanta honra! Eu adoraria, só que há um pequeno problema... eu sou muito tímida para essas coisas...
- Ah Garota, por favor. Faça isso por mim.
- Bem fófis, podemos fazer o seguinte: Eu canto escondidinha de tudo mundo e você coloca uma garotinha lá me dublando. Ninguém irá perceber nada.
- Genial Garota, Genial! Então estamos combinados. Vou ligar para o Wang Wei agora mesmo. Alô, Wang Wei? Chama a Lin Miaoke aí, achei a nossa cantora para amanhã.

Que chique! Eu cantando na abertura das Olimpíadas de Pequim 2008!!!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Beijing.

Cheguei cansadinha em Beijing, cansada e de mau humor. Mau humor porque simplesmente acho que não terei nada para fazer nessa cidade parada, Beijing às vezes me estressa.
Vocês não imaginam o que é aterrissar nesse aeroporto e ter que pegar um metrô para poder pegar nossas malas. Essa mania de grandeza deles deve ser para compensar algo "de menos" que eles devem ter...
Peguei minha malinha e fui para o metrô, prometi a mim mesma que não iria pegar nenhum táxi. Rancorosa eu?!?!?!?! Magina...



Na hora que pisei do lado de fora do aeroporto, me dei conta do grave problema dessa cidade, mesmo de dia a gente não consegue ver o sol.
Adentrei no vagão do metrô e comecei a pensar, como esse chineses tem mania de piratear as coisas, até eles mesmos são pirateados! afinal de contas nunca vi uma cópia tão mal feita dos japoneses como eles.
Estava entretida em meus pensamentos e nem percebi que havia um japa pequinês, se esfregando em mim no trem. Virei para trás meio putinha da vida pronta para dar um esporro, mas não consegui. Ele era o cara mais gato que já ví em toda minha life!
Exagerada eu?!?!?!?! Magina...
- Olá, tudo bem? Meu nome é Garota, sou brasileira e acabei de chegar à sua cidade. Nossa, quanta gente. Ainda bem que vocês não são de trepar muito, né? Já pensou se pudessem? Cada casal ia ter trocentos filhos. Você vem sempre aqui? Eu venho de vez em quando, o que tem de bom pra fazer na sua cidade? Ah sim, eu tô solteira e você?
- Muito prazer Garota, meu nome é Qiao Guanjun. Eu venho sempre aqui, na cidade tem muita coisa legal para fazer e eu tô solteiro também.
- Que legal Qiao. Sabia que estou sozinha aqui? Apesar de conhecer Beijing como a palma da minha mão, sinto que vou precisar de um guia aqui. Quer ser meu guia?
Abusada eu?!?!?!?!? Magina....
- Adoraria Garota, eu adoraria. Você veio para assistir às olimpíadas?
- Olimpíadas?
Céus... eu nem me lembrava disso! As olimpíadas começam dia 08... Acabei de me lembrar do Agenor! Putz... será que isso irá estragar meu dia?


To be continued...

P.S.: Eu falo mandarim muito bem, viu gente?
Inteligente eu?!?!?!?! Magina...




terça-feira, 5 de agosto de 2008

Era o táxi de Agenor.
Ele estava lá, parado no meio da praça e balançando para caralho caramba.
Fui me aproximando sorrateiramente, na maior dilicadeza, como uma tartaruga no cio.
Era meio dia e meia, pleno verão grego. Os vidros estavam embaçados e não dava para ver quase nada do lado de dentro. Bati no vidro, "toc, toc, toc...", o vidro abaixou-se um pouco e não pude acreditar no que estava vendo:
A Gorda Alzira estava toda esparramada em cima do meu macho!
Imediatamente ordenei que abrissem aquele carro. Não iria deixar aquela obesa matar meu maridinho.
- Gorda Alzira, abra essa porta! Agenor meu amor, calma que irei salvá-lo!
A porta se abriu, pulei em cima da Gorda e a retirei de lá, o pobre do Agenor estava lá embaixo, amassadinho, calça arriada, todo suado.
Joguei aquela Gorda para fora do carro, montei nela e comecei a lhe bater.
- Quem você pensa que é Alzira? Você achou mesmo que eu iria deixar você esmagar meu quase marido? Sua terroristazinha de quinta...
- Minhas roupas... Garota, deixe-me colocar minhas roupas...
Espera aí! A Gorda Alzira estava nua, Agenor estava com as calças arriadas... Céus... como fui tolinha! Ela não estava atacando ele!
- Garota, pare com isso! Disse Agenor abotoando as calças. Será que você é tão estúpida que não percebeu que eu e Alzira estavamos nos amando?
- Agenor... quer dizer que ela não estava lhe atacando?
- Não sua Garota burra. Eu estava fazendo amor com seu macho...
- Nós estavamos nos amando Garota.
- Oh... Agenor... eu pensei que nós... que eu e você...
- Acabou Garota! Eu quero a Gorda Alzira para mim agora.
Não me contive e metí a mão na cara de Alzira.
- Sua desavergonhada, não perde a mania de querer tudo que é meu, né? Pois bem, pode ficar com esse motoristazinho de táxi. Dele eu já tirei tudo que me interessava.
Saí de lá de cabeça erguida, não iria permitir nunca que aquela hipopótoma ninfomaníaca me visse chorando.
Meu mundo acabara ali, naquele momento. Belo presente que Ed me dera.
E por falar em Ed, resolví ligar para ele.
- Ed, é a Garota. Estou disponível agora.
- Ótimo Garota, arrume suas malas. Você irá para Beijing agora...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Nove semanas e meia...

Pois é, ficamos nos amando durante nove semanas e meia. Somente agora pude "sentar" para escrever e aproveito para desmentir certa pessoas que andaram espalhando por aí que eu tinha casado e embuchado e por isso sumi. Também não é verdade que eu iria restringir o acesso ao meu blog.
Bem, minha vida parece estar tomando outro rumo. Não sinto mais vontade nenhuma de ir à caça da Gorda Alzira e nem me lembro mais de Xórgi. Ed também me deu uma folga.
Agenor, meu deus grego, me saciou de todas as formas. Homem fogoso, me tratou como toda mulher gostaria de ser tratada.
De manhã ele me acordava com um cutucão, eu levantava e ia preparar a mesa para ele. Ele saía para a praça e eu ia arrumar a casa, lavar roupa, passar roupa, lavar banheiro e fazer a janta.
Gentem, eu consegui realizar o sonho de todas as mulheres. Tenho um homem para chamar de meu e uma casa para limpara todos os dias.
Adoro fazer amor com Agenor fingindo estar no Olimpo, ele chega até a mim, meu Apolo lindo, fingindo não me conhecer (fantasias sexuais kéridos).
- O bela dama, posso saber qual seu nome?
- Afro... Afrodite.
Ai, como é bom ter um Agenor na vida da gente!
Estava eu lavando as cuecas de Agenor, quando de repente meu telefone toca.
- Garota, é o Ed! Precisamos de você.
- Sinto muito Ed, mas não poderei mais ajudar vocês. Eu agora sou uma Garota quase casada e não irei abandonar meu homem para ir atrás daquele povo esquisito.
- Garota você não pode nos abandonar.
- Posso e já abandonei Ed...
- Abandonou Garota? Tem certeza disso?
- Sim Ed.
- Pois bem, pelo que estou vendo você está quase casadinha, certo? Então, nós os seus amigos, queremos lhe dar um presente bem legal para você. Vá até a praça Syntagma e veja o que preparamos para você.
Sai apressada e feliz, poxa era meu primeiro presente de casamento!
Cheguei até a praça Syntagma e não pude acreditar no que vi...

domingo, 8 de junho de 2008

Estou voltando turbinada.

Passei rapidinho aqui somente para dizer que a segunda temporada das minhas estorias irá começar em breve e também para deixar um Xero grande para minha miga Ju!
PARABÉNS JULIANA LINDA, FÓFIS E MIGUXA!

sábado, 26 de abril de 2008

Ausente,

Não irei começar esse post pedindo desculpa, não dessa vez.
Fiquei longe daqui uns tempos simplesmente porque aquele motorista do táxi que peguei no aeroporto era tudo de bom. Ai meus sais!
Falei "era" porque realmente era. Não sou Garota de ficar muito tempo com o mesmo homem. Homens enjoam a gente rapidinho.
Bem, voltando:
Entrei no táxi bestificada com a beleza daquele homem, alto, queimado pelo sol da Grécia, sorriso maravilhoso e dentes brancos, iguais aos de comercial de creme dental.
Como eu falei que conhecia Atenas como a palma de minha mão, ele começou a seguir pelo caminho correto até o hotel. Ao ver que ele estava sendo honesto comecei a ficar preocupada, logo chegariamos e eu perderia ele. Foi então que tive a brilhante idéia.
- Motorista de táxi grego, quero lhe confesar uma coisa. Eu menti quando disse que conhecia Atenas, na verdade não conheço nada aqui. Se o senhor quiser dar umas voltas pela cidade com o intuito de me enganar e depois ficar brincando com meu dinheiro, esteja à vontade.
O danadinho entendeu o meu recado e ficou dando voltas em torno do aeroporto.
Fiz a linha educada e perguntei seu nome.
- Agenor, senhora.
- Agenor??? Nossa, que nome lindo! - essa era a deixa. - Agenor kérido você é o homem que eu sempre procurei sabia? Você corresponde ao significado de seu nome? Você é bravo, soberbo e viril?
Ele sorriu para mim, com aquele sorriso de quem havia acabado de usar close-up.
- Sim Garota, sou isso e um pouco mais.
Começamos a nos amar ali mesmo, dentro daquele táxi. Era perna minha para o alto, perna pra baixo, mao no câmbio, pegada no freio de mão... foi tudo de bom.
Ficamos exatos 44 dias nos amando dentro daquele táxi em movimento, só paravamos para abastecer o carro e lavar as partes.
Agenor dirigia muito bem, rodamos a Grécia inteira e todo mundo olhava admirados eu grudada naquele homem dentro daquele táxi. Nosso corpo se tornou um só.
Às vezes acontecia de eu machucar minha cabecinha no pedal do freio mas isso era totalmente aceitável. Do que jeito que eu estava eu bebia até fumaça.
Legal foi no dia que acenderam a tocha olimpíca. Por um acaso eu estava com a cabeça erguida e a ví, era tão linda e não pude me conter! Gritei na hora:
- Agenor, a tocha, a tocha... A tocha Agenor!
Nesse momento Agenor me pegou com força, colocou em seu colo, dirigia olhando só com um olho por cima de meu ombro e berrava:
- Tô atochando Garota, tô atochando.
- Ai Agenor, A tocha... a tocha... Atocha Agenor!!!!

To be continued...

quarta-feira, 12 de março de 2008

αθήνα

Ah, nada como aterrisar no aeroporto Eleftérios Venizelos e logo começar a ouvir Mikis Theodorakis.
Me sinto tão bem nesse país, é como se eu estivesse em casa. Esse trânsito louco, os taxistas querendo enrolar a gente nos percursos (taxista é tudo igual em qualquer lugar do mundo), o povo falando alto. Às vezes eu esqueço e acho que estou no Brasil.
Bem, terminei de pegar minhas coisinhas e resolvi ir para o Electra Hotel Atenas, por sinal um ótimo hotel pois fica perto de tudo.
Quando estou aqui na República Helênica evito ao máximo dirigir, faço tudo que tenho de fazer de metrô e o Electra fica a apenas 50 metros da estação.
Por sorte não tinha fila para pegar o táxi, coloquei minha bagagem próxima a ele e fui atender meu telefone.
- Alô...
- Oie Garota, cê tá boa?
- Melhorada fófis. Quem está falando?
- Alzira meu bem.
- Gorda Alzira!! O que você quer?
- Nada querida, simplesmente falar que este seu vestidinho está meio passadinho...
- Aonde você está Gorda Alzira?
Fiquei rodando no saguão do aeroporto que nem um girocóptero tentando localizar essa terrorista.
- Nem adianta me procurar Garota, você não irá me achar aqui. Só liguei para lhe dar um recado: A Cigana me falou o que viu em sua mão!
- Alô, alô, alô...
Desligou. Essa Gorda Alzira sempre foi de fazer isso. Começava a contar a história e quando ia para a parte boa ela se calava. Mas espera aí, o que ela está fazendo aqui? Tenho que informar Ed imediatamente.
- Alô Ed, sou eu, A Garota. Adivinha quem acabou de me ligar...
- A Gorda Alzira.
- Uai Ed, como você soube?
- Nosso serviço de informação nos informou que ela e Jorge chegaram ontem à Grécia. Me aguarde que eu estou indo para aí.
- Senhora, podemos partir?
- Sim motorista de táxi grego, por favor me leve pro Electra, lá na praça Syntagma. E nem tente ficar dando voltinhas à toa que eu conheço Atenas como a palma da minha mão.
Nesse momento olhei para ele. Incrível, não tinha reparado que havia escolhido o motorista mais gato!
Ele é um verdadeiro deus grego...

terça-feira, 11 de março de 2008

Depois do barraco.

Resolvido o problema dos meus fofinhos brasileiros, chegou a hora de resolver um probleminha meu.
Tem uma semana que estou aqui em Madríd e não consegui achar aquela cigana.
Tenho que saber o que ela viu de tão grave em minhas mãozinhas.
Já rodei por todos os parques da cidade e nem sinal dela, fico angustiada só de saber que pode acontecer de eu não a encontrar mais, mas o que devo fazer?
Acho que vou dar mais uma volta pela city para procurar essa mujer. Devo fazer uma lista com os locais que eu já fui?
Eureca!!! Já sei o que devo fazer!
Procurar, lista...
Devo procurar o telefone dela na lista telefônica. Ai Garota, você realmente é um gênio!
Gosto muito desses países desenvolvidos, não é que achei o telefone dela na lista telefônica?
Cá está: Cigana Espanhola de Madrid!
Vamos lá, vamos lá... atende logo esse telefone...
- Alô...
- Alô, bom dia, ó como vai você? É da casa da Cigana?
- É sim, quem está falando?
- É a Garota.
- Oi Garota, tudo bem?
- Tudo ótimo fófis e com você?
- Comigo está tudo bem, também.
- Que bom, fico feliz em saber. Escuta darling, será que eu poderia dar uma palavrinha com a Cigana.
- Ah Garota, que pena. Se você tivesse ligado cinco minutos antes, poderia sim falar com ela. Acontece que mamy´s acabou de entrar no táxi. Ela está indo para o aeroporto.
- Aeroporto? Nossa, que chique! No Brasil as ciganas costumam ficar nas rodoviárias.
- Não Garota linda, mamy´s não foi trabalhar no aeroporto não, mamy´s está indo para Grécia.
- Grécia? Céus, tenho que corrrer. Obrigada fófis.
- Por nada Garota. Que dia você aparece aqui para tomar um café conosco?
- Em breve fófis, em breve.
Desliguei o telefone e fui fazer minha mala. Como pode ela ir para Grécia assim sem mais nem menos?
Ao terminar de arrumar minha malinha, o telefone toca. Era o Ed.
- Garota, o que você está fazendo?
- Oiiii Ed. Acabei de arrumar minha malinha e estou indo para o aeroporto. Vou para Grécia.
- Fazer o que na Grécia Garota?
- Vou cuidar de um assunto particular de minha pessoa, Ed.
- Certo Garota. Mas não se esqueça de que você está em missão.
- Pode deixar Ed, não me esquecerei.
- Ah Garota, que idéia louca foi aquela de sair andando pelada no aeroporto?
- Gostou lindo? Então...
- Gostei muito Garota, não só eu como o resto do mundo. Sabia que já me ligaram querendo lhe chamar para posar nua?
- Eu posar nua Ed? Estão ficando loucos? Você acha que eu vou sair por aí mostrando minha intimidade para os outros? Se ligarem de novo fale que eu não aceito esse tipo de coisa. Xau Ed, Xero da Garota!
Aonde já se viu isso... eu sou uma Garota séria, respeitável e pudica. Minha pixirica não é para ficar sendo exposta para todos não!
Grécia, aí vou eu...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Barraqueira sim!

Estava me preparando para ir tomar meu desjejum quando meu celular tocou.
- Garota, precisamos de sua ajuda! Só você pode nos ajudar!
- Mas o que houve?
- Garota, venha aqui no aeroporto de Barajas, rápido.
Sai correndo feito uma louca pelas ruas de Madríd até chegar ao aeroporto. Chegando lá não acreditei no que meus olhinhos estavam vendo. Um monte de brazucas presos em uma salinha ordinária. Fui procurar o responsável por aquela zona.
(Tecla SAP ligada)
- Escuta meu bom, quem é o responsável por isso aqui?
- Tu é brasileira também Garota?
- Sim, sou.
- Pra dentro então, anda.
Aquele espanhol grosseiro foi segurando meu braço e me empurrando pra dentro. Aí não prestou não...
- Escuta aqui seu espanhol ordinário, por um acaso você sabe com quem está falando? Tire essas patas imundas de cima de mim agora! Eu sou a Garota, linda, loira e japonesa!
- A Garota linda, loira e japonesa? Ó Garota, mil perdões.
- Perdão é o caralho seu morador do subúrbio da Europa. Chama logo o responsável por essa confa aqui.
Não demorou nem dois minutos e chegou o dito cujo.
- Pois não Garota, em que posso lhe ajudar?
- Pode começar se colocando no seu lugar. Para você eu sou DONA Garota! Escuta espanholzinho xexelento, quero saber que babado é esse aqui, por quê vocês estão criando caso com essas pessoas?
- Ah Garota, ops..., Dona Garota, eles não podem entrar em território europeu.
- E eu posso saber por quê?
- Ordens a serem seguidas imposta pela Comunidade.
- Comunidade é? Você tá louco? Porque non te calas? Quem gosta de comunidade e segue ordens dela é o Netinho de Paula, aquele das cohabs paulista. Escuta aqui seu espanhol de merda, vou falar só uma vez: Libere todos eles agora! Entendeu?
- Mas...
- Mas é o Carajo! Você é surdo seu espanhol porco? Libere agora e não quero ouvir um pio!
Às vezes precisamos descer do salto e rodar a baiana. Aonde já se viu esses suburbanos europeus quererem tirar onda conosco? Eu vou te contar. Preconceito com brasileiros. Será que eles acham que nós queremos trocar nosso país lindo e maravilhoso por aquela "porquera" de lugar? Bem, aquele espanhol maricon liberou todos meus amiguinhos, tudo resolvido. Mas claro que não podia faltar meu discurso final.
- Esta vendo essas roupas aqui? Eu comprei na Zara! E cada pecinha de minha roupa custa o equivalente a uns dois meses do seu salário. Sabe o que faço com elas?
Todos no aeroporto ficaram boquiabertos quando comecei a tirar minha roupa, fiz um montinho no chão e toquei fogo ali mesmo.
- Olha o que eu faço com as roupas dessa lojinha da terra de vocês! Eu toco fogo mesmo! A partir de hoje nenhum pano imundo espanhol cobre minha pele!
Sai andando somente com meu salto 15, fiquei nua em pelo. A espanholada toda me olhava boquiabertos e meus amiguinhos brasileiros puderam seguir viagem tranquilos.
Peladona e de salto, ainda deu tempo para uma última esnobada:
- Margareth kérida, preciso de um favor. Venda todas as minhas ações do banco Santander, depois vai lá e encerra minha conta!
Logo mais a tarde eu vou embora daqui, claro que antes irei procurar aquela cigana.
E terei um prazer enorme em dizer, quando estiver partindo,

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Para sempre Fifi...

Acordei no quarto do hotel e com o telefone tocando. Que estranho, quem será que me trouxe para cá?
- Alô...
- Garota, preciso da sua ajuda.
-Fifi?
- Sim! Garota, você tem que me ajudar. O que você falar para eu fazer, eu farei.
- O que houve Fifi?
- Sabe Garota, eu estive pensando e cheguei à conclusão que não aguento mais essa vida que tenho levado. Estou com vontade de jogar tudo para o alto.
- Mas kérido, o que houve?
- Ah Garota, você sabe que eu tenho andado meio adoentado ultimamente. Não tenho mais a mesma disposição de antes. Todo dia é um comentário maldoso a respeito dessa situação e eu não tenho mais idade para aguentar tudo isso.
- É Fifi, eu entendo.
- E outra coisa, a grana aqui está meio curta. Tenho muitas coisas para fazer e cadê o money?
- Olha Fifi, você sabe que eu sempre fui sua fã. Sempre que posso passo aí para a gente conversar, se divertir e dançar. Mas sabe, eu acho que você precisa de um tempo só para você. Você se preocupa demais com os problemas dos outros e acaba esquecendo de si mesmo.
- Pois é Garota, eu pensei nisso também...
- Continuando. Eu acho que você deveria realmente se aposentar. Saindo de cena, você poderá curtir melhor a vida. Viajar, namorar, dançar. Enfim, fazer tudo aquilo que você não fez até hoje.
- É Garota, você tem razão. Eu preciso realmente disso. Qual a solução para meu problema então?
- Sinceridade?
- Sim.
- Renuncia!
- Como?
- Renuncia Fidel! Você já trabalhou muito aí na Ilha, agora é hora de você colher o que plantou.
- Você acha que essa é a melhor saída?
- Sim.
- Eu farei isso. Mas Garota, o que eu direi aos outros? Com certeza muita gente vai malhar de mim.
- Não ligue para os outros.
- E se aquele Bush vier gozar da minha cara?
- O Bush? Ora fófis, você acha que ele tem moral para malhar de alguém?
- Ele vive falando para todo mundo que eu sou um ditador...
- Fidel, preste bem atenção no que eu vou falar: Esse tal de Bush não pode falar nada de você! Você já esqueceu que ele massacrou o Iraque todinho? Que inventou aquela estória de "armas químicas" lá e que não achou nada disso depois da invasão?
- É mesmo...
- E tem mais, e a base de Guantánamo, hein? Você sabe das barbaridades que ocorrem lá, né?
- É mesmo...
- Então Fidel fófis, não se preocupe com o que irão falar. Renuncie já!
- Farei isso Garota! Nossa, não sei o que seria de mim se não fosse você.
- Que isso Fifi, amigos são para essas coisas. Agora eu vou desligar, viu? Amanhã terei um dia duro e tenho que estar bem descansada.
- Obrigado Garota! Eu vou preparar um comunicado sobre a minha renúncia. Beijos.
- Beijos Fifi!
Affeeennn... se já não bastassem meus problemas, ainda tenho meu descanso interrompido para cuidar dos problemas dos outros!
Amanhã meu dia vai ser punk...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uiiii...

- Xórgi, Xórgi, Xórgi....
PLAFT!
Acordei com uma mãozada de Alonso em minha face.
- Acorda Garota, acorda!
- Alonso, o que houve?
- Você estava berrando e chamando por um tal "Xórgi".
- Oh... sério?
- Sim. Agora me responda logo, quem é Jorge?
- Xórgi? Ora, Xórgi é um amigo...
- Amigo Garota? Amigo?
- Sim Alonso, um amigo.
- Não minta para mim Garota! Quem é esse vagabundo?
- Epaaaaaaa... Pára tudo!!! Que isso Alonso? Ciúmes?
- Sim Garota, é ciúme sim.
- Alonso Kérido, deixa a titia lhe explicar uma coisinha: Eu sou "A Garota" meu bem, não sou propriedade de ninguém. Sou livre fófis. Quando eu disse que Xórgi é apenas um amigo, é porque ele é apenas isso. É apenas mais um corpitcho que eu uso e abuso. É um pinto amigo para aquelas tardes de frio. Igual a você Alonso. Ou por um acaso você estava pensando que ia ser titular no meu campinho de futebol?
- E eu não sou?
- Claro que não! Ficou bobo agora é? Você é apenas um monte de músculos que encheu minha boca de água e fez as minhas partes baixas ficarem batendo palminhas. Só isso.
- Pôxa Garota, eu pensei que você queria algo mais sério...
- Pois pensou errado kérido, pensou muito errado! Agora para de ficar frescando aí, para de fazer essa cara de oncinha e vem saciar meus desejos carnais.
Às vezes temos que colocar os homens nos lugares deles. Aonde que eu ia querer algo mais do que sexo se não fosse com Ed ou com o Xórgi? É brincadeira. Esses homens de hoje em dia estão muito sensíveis. Só porque você os leva para cama, eles já vem querendo lhe beijar a boca e implorando por algo mais sério. Mas não posso negar que fazer amor com Alonso é tudo de bom...
- Ai, ai, ai... acelera Alonso, acelera.
- Estou acelerando Garota.
- Cruza essa linha de chegada em primeiro mi hombre.
- Sim Garota, eu cruzo.
- Voa Alonso, voa...
- Estou voando.
- Voando? Você está se arrastando menino.
- Tô indo.
Gentem, eu gosto muuuuuito de "nhã-nhá" e devo confessar que Alonso me levou à loucura durante noite, mas agora pela manhã o motor dele tá meio fraquinho. Já estou enjoando dele, hora de acabar logo com isso.
- Anda Alonso, você tá muito lento. Tá parecendo o Barrichelo.
Rsrsrsrsrs! Eu adoro fazer isso. Esse comentário faz qualquer homem recolher-se à sua insignificância.
- Que foi Alonso? Derrapou na curva?
- Isso é maldade demais Garota.
- Ai Alonso, cansei! Vai, vista sua roupitcha e vaza que tenho muita coisa a fazer agora.
Alonso vestiu sua roupa e cruzou a porta. Confesso que fiquei meio triste com isso, mas o que eu poderia fazer? Que motorzinho é esse o dele que na décima volta já começa a ratear? Como que só consegue dar 9 no meu circuito? Bandeira vermelha para ele.
Bom, deixemos Alonso de lado e partamos para o trabalho. Tenho que localizar aqueles dois aqui em Madríd de qualquer jeito.
Vesti minha roupinha e desci para tomar café. Não sei porque mas não estava afim de tomar café aqui no hotel. Fui procurar um lugarzinho legal para fazer meu desjejum e ao cruzar a rua dou de cara com a cigana do parque.
- Bom dia Dona Cigana, está lembrada de mim?
- A Garota! Por favor Garota, não me faça mal...
A cigana falou isso e saiu correndo, me deixando ali parada com cara de poste. Só que dessa vez ela não iria escapar. Sai correndo entre a multidão atrás dela e quando vi que a distância entre nós havia diminuido, armei uma voadora e a derrubei.
- Muito bem Dona Cigana, agora somos só nós duas! Vamos, fale logo o que você viu em minhas mãos...
- Largue a Cigana Garota.
PLAFT!
Putz, apanhar duas vezes em um episódio é foda. Fui jogada ao chão, o sol incidia diretamente em meus olhos mas ainda deu para ver quem havia me acertado.
- Gorda Alzira! Até que enfim lhe encontrei...
PLAFT!
Três vezes já é demais! Na próxima novela eu vou querer ser a bandida. Foi a última coisa que pensei antes de desmaiar...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alô Alonso.

Não é segredo para ninguém que eu tenho uma enorme fixação em homens fardados. Pode ser garçom, policial, lixeiro, vigia e etc... vestiu farda, algo no meu intímo ferve.
E assim foi com Alonso, na hora que bati meus belos olhos naquele monumento de 1,95m, só tinha em mente uma coisa: Esse homem tinha que ser meu!
Felizmente não aconteceu com ele o mesmo que aconteceu com Marchello, e cá pra nós, um cara
que não sabe diferenciar uma pixirica de um macaco não deve ser levado tão a sério...
Coloquei um tubinho vermelho bem sexy (Dior, fófis) e aguardei a chegada do homem dos meus sonhos. Tentei sentar mas não consegui, o vestido estava um pouquinho apertado. Eu mandei fazer ele assim para que meu belo corpo ficasse bem torneado nele.
Fiquei em pé mesmo, afinal Alonso já estava quase chegando.
Blim-blom... Gracias! Ele chegou.
- Alô Alonso! Alguém já lhe disse que você fica lindo vestido assim?
- Ah Garota, assim você me deixa envergonhado...
- Tolinho... você quer ver eu tirar essa sua vergonha? Se quiser, eu tiro com os dentes...
- Garota, eu sou moço de família. Vá com calma, por favor.
- Certo gostoso... vou com toda a calma do mundo...
- Eu prefiro assim.
- Ok tesudo! Hummm... que delixia você! Você com esse corpão todo, a gente não trepa, escala...
Falei isso e logo me dependurei naqueles lábios carnudos e calientes. A temperatura da sala foi subindo. Alonso comportava-se igual a uma fera no cio, enquanto que eu, ficava fazendo a linha difícil.
- Não Alonso, não... não me deixe aqui vestida, tire logo minha roupa meu amor.
- Estou tentando tirar Garota, mas não tá saindo. Esse vestido está muito apertado e você tá meio suada...
- Creda Alonso, tira logo isso. Se não der para tirar o vestido todo, levante pelo menos a barra dele e mande brasa.
- Não tá dando Garota, acho que criou um vácuo aqui. Você está presa no vestido.
- Presa? Tá maluco?
- Sim Garota, presa. A não ser que a gente rasgue esse vestido.
- Rasgar meu vestido? Tá maluco rapaz? Ninguém rasga um Dior meu sequer!
- Ou é isso ou então não teremos como continuar.
- Quer saber? Quem precisa de um Dior? Detona logo essa porcaria e me deita na arena. Quero ser a vaca da sua tourada...
Alonso ragou meu vestidinho e partiu para cima de mim. Kéridas... pensem em um homem com sede de sexo! Alonso me amou durante toda a noite, dormimos abraçadinhos que nem um casal de namoradinhos adolescentes.
Despertei com meu telemóvel tocando, atendi. Mas antes tive o cuidado de não acordar meu toureiro.
- Alôooo... A Garota falando, em que posso ser útil?
- Garota, é o Jorge! Preciso falar com você urgentemente!
- Xórgiiiii???

domingo, 20 de janeiro de 2008

Minhas mãozinhas.

Fiquei horas sentada naquele banco de praça a olhar para minhas mãos. O que poderia ter nelas que fez com que a cigana madrilena se assustasse? O que guardava o meu futuro?
Senti minha barriga roncar, tão entretida que estava que nem percebi que já era hora do almoço. Meu corpinho lindo é muito lindo, deu cinco horas da tarde e ele prontamente me avisa que está na hora de papá.
Procurei um restaurante simples para fazer uma refeição rápida, nada muito chique pois estava com pressa, tinha que voltar a meu posto.
É muito ruim comer fora de casa, principalmente aqui em Madrídi que não tem um self-service e pior, não tem nenhum lugar que venda um PF gostoso.
Adentrei ao Catranius, sentei-me e chamei gentilmente o garçom. Não sei porque mas chamar o garçon é a parte que eu mais gosto.
- Buenas!
- Buenas.
- Escuta kérido, estoy mui famintá, querro comerrr...
- ¿Señora?
Ai meu saquinho, encontrei um espanhol não globalizado e que não sabe falar português. No mínimo esse moço deve ser da China. Por quê esses produtos chineses são tão vagabundos? Euzinha mesmo não compro nada que venha escrito "made in China". Bem, já que é assim queridos leitores, a partir de agora vocês irão acompanhar esse episódio dublado pois já ví que aqui na Espanha a tecla SAP não funciona.
- Fófis, o negócio é o seguinte: Eu passei o dia todo sentada no Parque do Retiro, uma cigana leu minha mão, eu to marcada para alguma coisa que ela não quis falar, sou brasileira e tô morrendo de fome. Que que tem de bom para forrar o bucho aqui?
- Senhora, temos muitas coisas boas. Quer ver o menu?
- Se eu quero ver home nu? Claro que quero. Que horas você sai do serviço?
Não havia reparado que Alonso, esse era o nome dele, era tão bonito e alto, tinha 1.95m de altura, ou seja, era o meu sonho de consumo.
- Senhora, eu saio daqui a uma hora, por qual motivo?
- Sabe o que é Alonso, eu estou hospedada no Hotel Ritz e a luz do meu quarto queimou, será que você poderia fazer a gentileza de ir lá trocar a lampâda para mim?
- Sim madame, claro que posso. Que horas que você quer que eu vá?
- Na hora que você sair daqui. E por gentileza vá do jeitinho que você está vestido. Não precisa nem se dar ao trabalho de trocar de roupa, ok?
O Catranius é meu restaurente preferido aqui em Madri, o atendimento é nota dez e sempre que estou na cidade venho aqui. O Cristian Sainz realmente é um ótimo Chef.
- Alonso fófis, por obséquio me chame o Cris.
- Sim senhora.
Cris é uma graça, assim que me viu (viu? kkkk) foi logo berrando.
- Garota querida! Que saudade de você. Tem um tempão que não te vejo.
- Claro que tem um tempão que você não me vê fófis. Aliás, tem um tempão que você não vê um monte de gente. Como está meu ceguinho super-hiper-mega-blaster-que tudo?
-Estou bem, muy bien. E você?
- Melhorada fófis. Cristian é o seguinte, gostei muito desse garçom, o Alonso, estou deixando uma gorjetinha para ele e lhe peço que o promova a maitre daqui, certo?
- Sim Garota. Aqui você não pede, você manda.
- E outra coisa, pedi ao Alonso para ir até meu quarto trocar uma lampâda que queimou e preciso que ela vá agora, pode ser?
- Claro! Alonso, deixei tudo aí e siga a Garota até seu quarto.
- Bem Cris estou indo. Como sempre o seu restaurante está divino. Xero Fófis.
Saímos eu e Alonso do Catranius, pegamos um ônibus e em poucos minutos estavamos em meu quarto.
Não sei porquê mas tive a sensação de que as castanholas hoje iriam berrar até...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Amados irmaozinhos.

Adivinha quem voltou???
Euzinha mesmo gentem, que saudades de vocês.
Pois bem, vamos à narrativa.
Percorrer o caminho de São Tiago de Compostela me fez um bem danado. Estou mais leve, mais paciente, mais bem humorada e porque não dizer, mais gostosinha também.
Hoje me olhei no espelho no quarto do hotel e vi ao meu redor uma aurea rosa lindissima.
Sinto que farei sucesso aqui em Madrid. (pronuncie Madrídi, por favor.)
Não via Ed fazia um bom tempo. Continuo achando que ele está estranho comigo, mas isso não importa mais. Eu estou aqui para trabalhar e não para ficar me xambregando com ele.
Desci para tomar café e para ter a minha primeira reunião. Procurei Ed no saguão do hotel e não o vi, me dirigi então ao restaurante do Hotel Ritz.
Quase caí de costas quando vi um monte de flores em cima de uma mesa, mas eram muitas flores mesmo. Pensei cá comigo mesma: "Deve ter morrido alguém muito importante".
Um minuto depois eu desmaiei.
Simplesmente Ed saiu de trás daquele monte de flores e gritou:
- Bom dia princesa linda, loira e japonesa!!! Bem vinda a Madrid!!!
- Ed seu louquinho, tudo isso é para mim?
- Isso o quê? Ah, essas flores? Não kérida, isso é para os funcionários fazerem a decoração do salão.
Eu devia ter imaginado que não eram para mim. Eu estou em Madrid a trabalho e não teria aonde colocar esse tanto de flor.
- Venha Garota, sente-se aqui. Temos muita coisa para fazer. Xórgi e Alzira foram vistos no Parque do Retiro. É a nossa chance de pegar os dois.
- No Parque do Retiro? Céus... dá última vez que estive aqui este parque estava infestado de vendedores de drogas.
- E continua assim. Mas iremos aproveitar para prendê-los e dizer que estavam traficando.
- Eddddd.... como você é maquiávelico.
- O plano é o seguinte...
Ed me passou todas as informações necessárias e me dirigi ao parque. Sempre tendo cuidado com os trombadinhas. Affeeemmm... ô lugarzinho para ter trombadinha.
Entrei no parque e me sentei em um banquinho. Estava distraída e nem percebí a aproximação de uma cigana.
- ¿Puedo interpretar su mano su?
- Não dona Cigana, não pode não. Aliás eu nem queria que a senhora chegasse perto de mim. Vocês ciganas espanholas são muito hábeis em furtar nossos pertences.
- Karajo! Veo que usted tenga dos amigos, uno rubio y una morena...
(vejo que voce tem duas amigas, uma loira e uma morena...)
- Y ya veo un hombre también
(E vejo um homem também.)
- Dos hombres.
Pronto, falou de homem eu me interesei logo.
- Continue dona cigana. Mas por favor não roube meus pertences e meus euros que estão nessa bolsinha aqui do lado.
- Você vai me pagar?
- Ué, cadê seu sotaque?
- Sou uma cigana globalizada e poliglota. Atendo no idioma da patroa.
- Ah tá, continue...
Céus, é por isso que os países crescem e enriquecem. Até as ciganas espanholas são poliglotas. Isso sim que é país desenvolvido.
- Pois bem, existem dois homens na sua vida...
- Só dois?
- Fora os PA (pintos amigos) que aparecem vez ou outra. Continuando... esses dois homens são muito marcantes para você. Mexeram muito com usted. Mas irá chegar a hora que você terá que decidir por um deles. E está quase chegando essa hora. Ó não... não pode ser... sinto muito kérida Garota, mas não posso continuar a ler sua mão. Tome, pegue de volta seu celular, seu relógio, suas jóias e seu dinheiro. Boa sorte para você.
- Cigana, espera... não vá... não vá...
Ela se foi.
E eu comecei a pensar, o que será que ela viu de tão grave em minhas mãos? Eu as lavei depois que fui ao banheiro. O que será que vai acontecer comigo? Quem serão esses dois homens?...

Continua...