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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alô Alonso.

Não é segredo para ninguém que eu tenho uma enorme fixação em homens fardados. Pode ser garçom, policial, lixeiro, vigia e etc... vestiu farda, algo no meu intímo ferve.
E assim foi com Alonso, na hora que bati meus belos olhos naquele monumento de 1,95m, só tinha em mente uma coisa: Esse homem tinha que ser meu!
Felizmente não aconteceu com ele o mesmo que aconteceu com Marchello, e cá pra nós, um cara
que não sabe diferenciar uma pixirica de um macaco não deve ser levado tão a sério...
Coloquei um tubinho vermelho bem sexy (Dior, fófis) e aguardei a chegada do homem dos meus sonhos. Tentei sentar mas não consegui, o vestido estava um pouquinho apertado. Eu mandei fazer ele assim para que meu belo corpo ficasse bem torneado nele.
Fiquei em pé mesmo, afinal Alonso já estava quase chegando.
Blim-blom... Gracias! Ele chegou.
- Alô Alonso! Alguém já lhe disse que você fica lindo vestido assim?
- Ah Garota, assim você me deixa envergonhado...
- Tolinho... você quer ver eu tirar essa sua vergonha? Se quiser, eu tiro com os dentes...
- Garota, eu sou moço de família. Vá com calma, por favor.
- Certo gostoso... vou com toda a calma do mundo...
- Eu prefiro assim.
- Ok tesudo! Hummm... que delixia você! Você com esse corpão todo, a gente não trepa, escala...
Falei isso e logo me dependurei naqueles lábios carnudos e calientes. A temperatura da sala foi subindo. Alonso comportava-se igual a uma fera no cio, enquanto que eu, ficava fazendo a linha difícil.
- Não Alonso, não... não me deixe aqui vestida, tire logo minha roupa meu amor.
- Estou tentando tirar Garota, mas não tá saindo. Esse vestido está muito apertado e você tá meio suada...
- Creda Alonso, tira logo isso. Se não der para tirar o vestido todo, levante pelo menos a barra dele e mande brasa.
- Não tá dando Garota, acho que criou um vácuo aqui. Você está presa no vestido.
- Presa? Tá maluco?
- Sim Garota, presa. A não ser que a gente rasgue esse vestido.
- Rasgar meu vestido? Tá maluco rapaz? Ninguém rasga um Dior meu sequer!
- Ou é isso ou então não teremos como continuar.
- Quer saber? Quem precisa de um Dior? Detona logo essa porcaria e me deita na arena. Quero ser a vaca da sua tourada...
Alonso ragou meu vestidinho e partiu para cima de mim. Kéridas... pensem em um homem com sede de sexo! Alonso me amou durante toda a noite, dormimos abraçadinhos que nem um casal de namoradinhos adolescentes.
Despertei com meu telemóvel tocando, atendi. Mas antes tive o cuidado de não acordar meu toureiro.
- Alôooo... A Garota falando, em que posso ser útil?
- Garota, é o Jorge! Preciso falar com você urgentemente!
- Xórgiiiii???

domingo, 20 de janeiro de 2008

Minhas mãozinhas.

Fiquei horas sentada naquele banco de praça a olhar para minhas mãos. O que poderia ter nelas que fez com que a cigana madrilena se assustasse? O que guardava o meu futuro?
Senti minha barriga roncar, tão entretida que estava que nem percebi que já era hora do almoço. Meu corpinho lindo é muito lindo, deu cinco horas da tarde e ele prontamente me avisa que está na hora de papá.
Procurei um restaurante simples para fazer uma refeição rápida, nada muito chique pois estava com pressa, tinha que voltar a meu posto.
É muito ruim comer fora de casa, principalmente aqui em Madrídi que não tem um self-service e pior, não tem nenhum lugar que venda um PF gostoso.
Adentrei ao Catranius, sentei-me e chamei gentilmente o garçom. Não sei porque mas chamar o garçon é a parte que eu mais gosto.
- Buenas!
- Buenas.
- Escuta kérido, estoy mui famintá, querro comerrr...
- ¿Señora?
Ai meu saquinho, encontrei um espanhol não globalizado e que não sabe falar português. No mínimo esse moço deve ser da China. Por quê esses produtos chineses são tão vagabundos? Euzinha mesmo não compro nada que venha escrito "made in China". Bem, já que é assim queridos leitores, a partir de agora vocês irão acompanhar esse episódio dublado pois já ví que aqui na Espanha a tecla SAP não funciona.
- Fófis, o negócio é o seguinte: Eu passei o dia todo sentada no Parque do Retiro, uma cigana leu minha mão, eu to marcada para alguma coisa que ela não quis falar, sou brasileira e tô morrendo de fome. Que que tem de bom para forrar o bucho aqui?
- Senhora, temos muitas coisas boas. Quer ver o menu?
- Se eu quero ver home nu? Claro que quero. Que horas você sai do serviço?
Não havia reparado que Alonso, esse era o nome dele, era tão bonito e alto, tinha 1.95m de altura, ou seja, era o meu sonho de consumo.
- Senhora, eu saio daqui a uma hora, por qual motivo?
- Sabe o que é Alonso, eu estou hospedada no Hotel Ritz e a luz do meu quarto queimou, será que você poderia fazer a gentileza de ir lá trocar a lampâda para mim?
- Sim madame, claro que posso. Que horas que você quer que eu vá?
- Na hora que você sair daqui. E por gentileza vá do jeitinho que você está vestido. Não precisa nem se dar ao trabalho de trocar de roupa, ok?
O Catranius é meu restaurente preferido aqui em Madri, o atendimento é nota dez e sempre que estou na cidade venho aqui. O Cristian Sainz realmente é um ótimo Chef.
- Alonso fófis, por obséquio me chame o Cris.
- Sim senhora.
Cris é uma graça, assim que me viu (viu? kkkk) foi logo berrando.
- Garota querida! Que saudade de você. Tem um tempão que não te vejo.
- Claro que tem um tempão que você não me vê fófis. Aliás, tem um tempão que você não vê um monte de gente. Como está meu ceguinho super-hiper-mega-blaster-que tudo?
-Estou bem, muy bien. E você?
- Melhorada fófis. Cristian é o seguinte, gostei muito desse garçom, o Alonso, estou deixando uma gorjetinha para ele e lhe peço que o promova a maitre daqui, certo?
- Sim Garota. Aqui você não pede, você manda.
- E outra coisa, pedi ao Alonso para ir até meu quarto trocar uma lampâda que queimou e preciso que ela vá agora, pode ser?
- Claro! Alonso, deixei tudo aí e siga a Garota até seu quarto.
- Bem Cris estou indo. Como sempre o seu restaurante está divino. Xero Fófis.
Saímos eu e Alonso do Catranius, pegamos um ônibus e em poucos minutos estavamos em meu quarto.
Não sei porquê mas tive a sensação de que as castanholas hoje iriam berrar até...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Amados irmaozinhos.

Adivinha quem voltou???
Euzinha mesmo gentem, que saudades de vocês.
Pois bem, vamos à narrativa.
Percorrer o caminho de São Tiago de Compostela me fez um bem danado. Estou mais leve, mais paciente, mais bem humorada e porque não dizer, mais gostosinha também.
Hoje me olhei no espelho no quarto do hotel e vi ao meu redor uma aurea rosa lindissima.
Sinto que farei sucesso aqui em Madrid. (pronuncie Madrídi, por favor.)
Não via Ed fazia um bom tempo. Continuo achando que ele está estranho comigo, mas isso não importa mais. Eu estou aqui para trabalhar e não para ficar me xambregando com ele.
Desci para tomar café e para ter a minha primeira reunião. Procurei Ed no saguão do hotel e não o vi, me dirigi então ao restaurante do Hotel Ritz.
Quase caí de costas quando vi um monte de flores em cima de uma mesa, mas eram muitas flores mesmo. Pensei cá comigo mesma: "Deve ter morrido alguém muito importante".
Um minuto depois eu desmaiei.
Simplesmente Ed saiu de trás daquele monte de flores e gritou:
- Bom dia princesa linda, loira e japonesa!!! Bem vinda a Madrid!!!
- Ed seu louquinho, tudo isso é para mim?
- Isso o quê? Ah, essas flores? Não kérida, isso é para os funcionários fazerem a decoração do salão.
Eu devia ter imaginado que não eram para mim. Eu estou em Madrid a trabalho e não teria aonde colocar esse tanto de flor.
- Venha Garota, sente-se aqui. Temos muita coisa para fazer. Xórgi e Alzira foram vistos no Parque do Retiro. É a nossa chance de pegar os dois.
- No Parque do Retiro? Céus... dá última vez que estive aqui este parque estava infestado de vendedores de drogas.
- E continua assim. Mas iremos aproveitar para prendê-los e dizer que estavam traficando.
- Eddddd.... como você é maquiávelico.
- O plano é o seguinte...
Ed me passou todas as informações necessárias e me dirigi ao parque. Sempre tendo cuidado com os trombadinhas. Affeeemmm... ô lugarzinho para ter trombadinha.
Entrei no parque e me sentei em um banquinho. Estava distraída e nem percebí a aproximação de uma cigana.
- ¿Puedo interpretar su mano su?
- Não dona Cigana, não pode não. Aliás eu nem queria que a senhora chegasse perto de mim. Vocês ciganas espanholas são muito hábeis em furtar nossos pertences.
- Karajo! Veo que usted tenga dos amigos, uno rubio y una morena...
(vejo que voce tem duas amigas, uma loira e uma morena...)
- Y ya veo un hombre también
(E vejo um homem também.)
- Dos hombres.
Pronto, falou de homem eu me interesei logo.
- Continue dona cigana. Mas por favor não roube meus pertences e meus euros que estão nessa bolsinha aqui do lado.
- Você vai me pagar?
- Ué, cadê seu sotaque?
- Sou uma cigana globalizada e poliglota. Atendo no idioma da patroa.
- Ah tá, continue...
Céus, é por isso que os países crescem e enriquecem. Até as ciganas espanholas são poliglotas. Isso sim que é país desenvolvido.
- Pois bem, existem dois homens na sua vida...
- Só dois?
- Fora os PA (pintos amigos) que aparecem vez ou outra. Continuando... esses dois homens são muito marcantes para você. Mexeram muito com usted. Mas irá chegar a hora que você terá que decidir por um deles. E está quase chegando essa hora. Ó não... não pode ser... sinto muito kérida Garota, mas não posso continuar a ler sua mão. Tome, pegue de volta seu celular, seu relógio, suas jóias e seu dinheiro. Boa sorte para você.
- Cigana, espera... não vá... não vá...
Ela se foi.
E eu comecei a pensar, o que será que ela viu de tão grave em minhas mãos? Eu as lavei depois que fui ao banheiro. O que será que vai acontecer comigo? Quem serão esses dois homens?...

Continua...